novembro 01, 2012

De quanta cor há o que vejo?




DEPOIS DA LUZ...

De quantas estradas precisam meus olhos até o limite?
O que alcançam por sobre a imagem,
no verso dos objetos, a mergulhar nos vermelhos,
a tocar levemente os amarelos e cinzas da tarde?
Essas bolas curiosas, o que dirão, depois, já sem luz,
sobre como é fundo o leito das cores,
sobre como é vão o fio que desenha o sentido do dia?

Com o cair da nitidez, 
Estando já à porta as sensações de ocaso,
quando de cansaço ruírem os meus contrastes,
que tonalidades dirão o depois das coisas?
Por quantos raios descerá uma manhã?
Que matizes estarão lá,
após o desbotamento de tudo?

Sigo com mil olhares até a última chance de ir
Por entre os tantos azuis que forem possíveis
E que não me seja apagado o que ver
Enquanto houver tão latente o que querer

Ricardo Fabião (novembro, 2012)


Imagem captada, por mim, de um certo jardim, em Garanhuns-PE.

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